quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Análise fílmica do documentário - Terra para Rose


Resumo:
O presente artigo tem por objetivo propor uma analise do polêmico filme Terra para rose dirigido por Tetê Moraes. Procuramos nos atentar aos diversos meandros da fonte fílmica (direção, roteiro, elementos técnicos, personagens principais e etc.) em busca de conexões com aspectos relativos às discussões feitas em sala de aula e levando em conta a linguagem cinematográfica. Para isso, esboçaremos uma análise histórica e cinematográfica do filme Terra para Rose, atentando para a conjuntura de sua produção e a construção de sua narrativa focada na figura de uma mulher: Rose.
Palavras-chave: Cinema e História, cidadania, direitos e desigualdades.

Figura 1: Rose com seu filho que nasceu no acampamento

O filme: curiosidades, elementos fílmicos e premiações

O documentário Terra para Rose foi dirigido pela cineasta Tetê Moraes. No que diz respeito à parte técnica, roteiro e texto, tem a assinatura de José Joffily e Tetê Moraes e a fotografia foi feita por Walter Carvalho e Fernando Duarte. A película é um longa-metragem com duração de 84 minutos e é pertencente ao gênero documentário. Sua filmagem foi iniciada e terminada no ano de 1987 (em apenas seis meses). Trata-se de um filme que contou com pouquíssimo apoio financeiro.
Além dessas informações iniciais, é importante apontar que o filme ganhou doze prêmios em festivais de cinema nacionais e internacionais (destaque para os seis prêmios no Festival de Brasília e dois no Festival de Havana) e que dez anos mais tarde, em 1996, Tetê Moraes voltou à região para fazer O Sonho de Rose. No entanto, não foi um filme “acolhido” pelo grande circuito cinematográfico da época, estando restrito a espaços culturais mais alternativos e a um público específico — os interessados em problemáticas sociais da época.
Partindo de uma história verídica de Rose, uma agricultora sem-terra, a proposta do documentário é retratar o caso específico da ocupação por 1.500 famílias de sem-terras da fazenda Annoni, localizada no estado do Rio Grande do Sul. Neste contexto, é enfatizado o início de atuação de um dos mais importantes movimentos sociais do Brasil ainda hoje, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Nesse cenário, a diretora tenta entrecruzar uma discussão macro (nacional) associada a uma discussão cotidiana dos indivíduos que participaram de uma ocupação específica (a da Fazenda Annoni). Tal abordagem de costurar a uma problemática ampla a tramas aparentemente banais que envolvem pessoas comuns foi muito utilizada neste período de abertura política e tem como intuito dar valor ao ponto de vista e às experiências da vida cotidiana de personagens comuns dando importância aos seus discursos para construção de um registro histórico mais amplo.
Podemos também refletir sobre o sentido político da escolha da diretora ao escolher sua protagonista. Tetê Moraes tinha um projeto de filmar o cotidiano de mulheres brasileiras. Isto nos demonstra que a diretora se inquietava com as questões de gênero e atribuímos a esta inquietação o fato de ter optado por uma ênfase no cotidiano feminino e pela escolha para uma mulher “protagonizar” o filme.
A escolha de Rose para “protagonizar” o filme representa um aspecto simbólico, uma vez que Rose deu à luz em 1985 à primeira criança nascida no acampamento da fazenda Annoni, Marcos Tiaraju, criança retratada em diversos momentos do filme como um símbolo de vida e de esperança. Além disso, de acordo com o olhar da diretora, Rose, além de ser uma mulher, participativa efetivamente no movimento e nos protestos.

A luta social do MST pela reforma agrária no documentário O Sonho de Rose

Seguiremos os conselhos de Marc Ferro ao nos incentivar a “Partir da Imagem”, mas não deixar de fazer uso de outros saberes, sempre que necessário, para enriquecer e aprofundar o estudo minucioso do filme. Além disso, para realizar de forma lúdica esta análise, dividiremos a observação em sub tópicos (os quais sintetizam o tema histórico a ser abordado em cada fase), correspondentes à própria “organização” do filme, marcados pelas seguintes separações: A promessa; A pressão; A espera; O confronto; O Sonho; A Trégua. Logo, faremos a análise buscando levantar as principais problemáticas abordadas em cada um dos “quadros narrativos”.

Logo no início, mostra-se a imagem de uma população rural pobre, que se manifesta com um pedido de paz – o aglomerado de pessoas inclui Rose, que leva nome ao título da obra. Em contraste, a narração seguinte, acerca da concentração agrária e suas disputas sociais, é feita simultânea à filmagem do Congresso, enfatizando o papel simbólico exercido pelas instituições políticas como palco de disputas pela questão agrária. São citados números que descrevem a sanguinária batalha camponesa por terra e o intenso êxodo rural em um país onde o latifúndio improdutivo permeia as paisagens.
No subtítulo "A promessa", a imagem de discursos de presidentes como José Sarney (1985 - 1990) e João Goulart (1961 - 1964) corrobora uma promessa historicamente não cumprida acerca da execução de uma reforma agrária. A narrativa de um projeto de governo no sentido de tornar o país socialmente mais justo, como ocorreu sob a gestão de João Goulart, é acompanhada por uma filmagem descritiva da situação da população brasileira. A narrativa otimista sobre este período é interrompida por uma descrição obscura sobre o golpe militar em 1964 - episódio que interrompeu todo o sentido progressista do mandato de “Jango”, inclusive o projeto de reforma agrária.
Fazendo uma análise histórica sobre essa questão, José Murilo de Carvalho em “Cidadania no Brasil” afirma que “a conquista (do território brasileiro pelos portugueses) teve conotação comercial. A colonização foi um empreendimento do governo colonial aliado a particulares. A atividade que melhor se prestou à finalidade lucrativa foi a produção de açúcar (mercadoria com crescente mercado na Europa). Partindo dessa premissa, podemos levar em consideração que a posse de grandes latifúndios por grandes proprietários de terra que investem em monoculturas para um volume alto de comercialização externa, se faz tão presente nos dias atuais no Brasil por uma lógica que teve início desde a sua colonização.
Com isso, essas instituições econômicas exclusivas (latifúndio monocultor concentrado na mão de poucos) deixaram os trabalhadores do campo submetidos ao arbítrio dos proprietários sem gozo dos direitos civis, políticos e sociais. Nesse contexto, eles são obrigados a se emerger da obscuridade e se organizar em movimentos sociais e sindicatos rurais acoplados a um movimento nacional de esquerda.
Em "A pressão", o foco do filme torna-se o estado do Rio Grande do Sul - o subtítulo é introduzido pelo enfoque gradual da filmagem sobre o RS em um mapa político do Brasil. A filmagem de uma das fazendas simbólicas da luta pela terra, fazenda Annoni, acompanha a narrativa de sua história - um latifúndio improdutivo desapropriado pelo Governo em 1972 com o intuito de reassentar famílias de agricultores sem-terra sobre o local. A fazenda foi desapropriada, porém, devido à pressão jurídica de proprietários rurais, permaneceu vazia - nas imagens, um local imenso e inabitado e a ausência de vida ou movimento ilustram este resultado.
Em 1985, o local foi apropriado por famílias de pequenos proprietários. A luta passa a ser representada pelo filme através da sucessão de duas entrevistas, uma interrompida pela outra. De um lado, o reacionarismo do proprietário Bolívar Annoni ao ser perguntado sobre a apropriação de suas terras; do outro, a fala de Rose relata as difíceis condições de vida dos pequenos proprietários rurais engrandece a "causa" da luta e da ocupação do latifúndio improdutivo.
Este “jogo de cena” é interessante para observarmos claramente como podemos aplicar um dos métodos propostos por Marc Ferro, isto é, realizar uma análise crítica da fonte do cinema. Nesse momento do filme, não nos resta dúvida de que contrapõe um discurso de hesitação e inércia social a um discurso de afirmação e convicção — o que foi construído na montagem, com o intuito de dar legitimidade ao discurso dos sem-terra e a dimensão da luta que era cravada no campo naquele momento, e de suas motivações políticas e sociais.
A pressão não era exercida apenas juridicamente pelos latifundiários, mas também através de manifestações por parte dos pequenos agricultores sem-terra. Desse modo, o filme coloca foco em pessoas comuns que participaram do movimento para dar caráter "pessoal" e enfatizar as causas do movimento. Nesse sentido, a ânsia da população por uma reforma agrária prometida politicamente é representada pelo discurso de Rose, que é seguido pela fala de Dante Oliveira sobre a dificuldade em cumprir a meta colocada pelo projeto de Governo.
Em “A espera”, o filme narra a união de deputados gaúchos aos manifestantes em uma tentativa de marcar audiências em Brasília para tratar o problema.  Já nas cenas das reuniões são enfatizadas pelo documentário as diferenças estereotípicas entre os distintos segmentos sociais: close no vestuário e calçados dos sem terra (roupas simples, velhas e sandálias de dedo) e dos políticos (paletós e sapatos).
Os manifestantes acampam na Assembleia Legislativa a espera de resultados. A fala de Dante Oliveira, na representação do processo político democrático que inclui a luta pela terra, explica as complexidades envolvidas em desapropriar latifúndios por parte do Governo – esse discurso jurídico em nome da democracia se contrasta com a urgência prática da miséria vivida pelas famílias de agricultores sem-terra, uma verdadeira contradição dentro da democracia brasileira. Paralelo a este, se mostra a fala de Bolívar Annoni, marcada pela incoerência da defesa de suas ideias – isto revela a própria incoerência da alta concentração fundiária brasileira.
 “O confronto” consiste em imagens que descrevem o fim do período de espera sem resultados - os manifestantes retornam às poucas terras desapropriadas pelo Governo com o objetivo de cultivar. O cultivo foi, por inúmeras vezes, barrado pelas forças do Estado por ser considerado ilegal. Trava-se um conflito violento e opressor por parte Estado – as imagens do filme corroboram a guerra instituída.
Dessa forma, o filme traz à tona um debate importante acerca da luta contra a criminalização dos movimentos sociais, e mais especificamente, da luta pela terra. Traçando uma linha estreita entre Direitos Humanos e direito a terra, pode-se dizer que o filme explicita a má vontade por parte do Estado em ver o campesinato como cidadãos dignos, e mais que isso, a desumanização. Isso fica evidente nas cenas em que ocorrem violências e agressões por parte de Policiais Militares, que seguem ordem do Estado, em prol de manter o meio de dominação dos grandes latifundiários.
Constantemente se coloca sem terras como criminosos, quando decidem ocupar fazendas improdutivas e muitas vezes esquecidas pelos donos, ignorando propositalmente a Função Social da Propriedade. Maria Benevides explica essa questão mais a finco. Para ela essa ação do Estado é voluntária, ou seja, há interesses poderosos por trás dessa associação deturpadora.
No mesmo texto, “Cidadania e Direitos Humanos”, Benevides ainda é assertiva na questão das falsas associações: “As classes populares são geralmente vistas como “classes perigosas”. São ameaçadoras pela feiura da miséria, são ameaçadoras pelo grande número, pelo medo atávico das “massas”. Assim, de certa maneira, parece necessário às classes dominantes criminalizar as classes populares associando-as ao banditismo, à violência e à criminalidade.
 Por fim, o subtítulo “O sonho” revela o depoimento de famílias que presenciaram um desfecho inicial da luta que, para apenas dez das seiscentas famílias que protestaram, resultou em assentamentos e uma porção de terra para cultivo. Mais tarde, o Estado repassa a fazenda Annoni ao Incra e indeniza o proprietário. Os ocupantes da fazenda conseguem, finalmente, cultivar. Ainda assim, grande parte da população rural permanece sem sua porção de terra.
Em 1986, a formulação de uma nova constituição nacional guardava esperanças políticas de uma nova interpretação acerca do direito sobre a terra. Desta vez, depoimentos de políticos acerca da reforma agrária são mostrados de forma otimista, alheia à guerra que até então ocorria. Estas imagens contrastam com a narrativa pessimista que encerra o filme, que revela, na verdade, um desfecho inexistente. A espera por uma porção de terra para cultivar parece permanente para grande parte daqueles que lutaram e permanecem lutando. O fim trágico de Rose e outros companheiros de luta encerram a descrição da sanguinária e desproporcional guerra travada entre o Estado, proprietários e a população rural e pobre.

Figura 2: Testemunho da ação da polícia

Cenário:
Por ser um documentário, Terra para Rose explora ambientes reais e circunstâncias documentadas em vídeo. A narrativa aborda duas regiões do Brasil: Brasília e Rio Grande do Sul, ambas na década de 80, no período de retorno à democracia.
Em Brasília, o Palácio da Alvorada é evidenciado repetidas vezes na intenção de explorar a ideia de burocracia que o local representa e de ambiente onde pautas nacionais importantes, como a da reforma agrária, são discutidas. Há a intenção do diretor de enfatizar que as decisões que impactariam a vida de milhares que lutam por reformas no campo são tomadas na cidade, por pessoas que não são as protagonistas da luta, mas que possuem altos cargos (ministro, por exemplo) e, assim, a legitimidade para tomar decisões.
No Rio Grande do Sul, três cenários são abordados: a fazenda Annoni, a casa do latifundiário Carlos Annoni e o trajeto de 500 km percorridos por centenas de sem-terra da fazenda até Porto Alegre. A fazenda Annoni é o “principal” cenário do filme, pois foi ocupada por mais de 1500 famílias e onde foi montado o acampamento dos sem-terra.
Vários elementos que representam o campesinato e a vida sem luxo são destacados, como centenas de barracos de madeira e lona preta, onde os sem-terra “moravam”; fogão de lenha; animais, como gado e galinhas; lavadeiras no rio e crianças brincando. Em contraponto, a casa do latifundiário e proprietário da fazenda ocupada representa o conforto e luxo, um ambiente bem iluminado, com um sofá confortável onde o Carlos Annoni concede a entrevista.

Iluminação:
O documentário apresenta um contraste evidente de iluminação. Quando a cena envolve o proprietário da fazenda ou um ambiente político e formal, há muita luz, pois isso dá um caráter mais luxuoso. Ao retratar os camponeses sem-terra, há uma diminuição considerável de luz, para criar um clima mais pesado e de sofrimento.

Figura 3: Integrantes do acampamento no dia-a-dia

Som:
Para trazer uma sensação de comoção e solidariedade à questão por parte do telespectador, a trilha sonora do filme é marcada por músicas instrumentais, muitas vezes apenas acordes de viola e violão, que remete à moda de viola trazendo também uma proximidade com a realidade daqueles camponeses retratados durante toda a narrativa.
 Em momentos em que se retratam as marchas e manifestações dos camponeses sem terra, músicas que remetem ao triunfalismo e a noção de solidariedade são escolhidas, já em momentos em que são retratadas as questões burocráticas que envolviam a ineficiência das políticas em prol da reforma agrária, sons que remetem ao nacionalismo se destacam.
Outro aspecto sonoro marcante, é que se opta por deixar as músicas e cânticos que os próprios camponeses cantavam, trazendo uma proximidade do espectador com a causa. Neste sentido, a escolha da sonoplastia está em harmonia com o objetivo do filme de reforçar a noção de solidariedade presente entre os membros do MST (movimento dos sem-terra).
 Constantemente também nos deparamos com músicas de cunho religioso, e isso acontece pela influência que a Igreja Católica, por meio da Teologia da Libertação, teve no que diz respeito à luta por direitos humanos desde o enfrentamento contra a ditadura. Além de evidenciar essa parceria, mostra o quanto os trabalhadores rurais se apegam emocionalmente a uma imagem divina de justiça, que colocaria fim aquele sofrimento, e dessa forma tornando a luta menos pesada para eles.

Cortes de cenas e câmeras:
Os cortes de cena não são rápidos, mas naturais, mais uma vez pra que o espectador se sinta inserido naquela realidade. Os cortes mais rápidos se dão quando há contraste de ideias, por exemplo, quando o documentário vai e volta entre a fala de rose e a fala do proprietário da Annoni, justamente pra causar essa sensação de tensão existente entre os latifundiários e os camponeses.
No mais, quando se trata da retratação dos trabalhadores rurais e suas rotinas, há câmeras expandidas, pra que se possa visualizar todo o acampamento, focalizando vez ou outra em atividades mais marcantes, como a interatividade das crianças no entorno do trabalho do campo. Já quando são mostrados relatos das trabalhadoras a câmera se foca, em boa parte, no rosto das mesmas, mais uma vez aproximando o público da luta delas.

Enredo:
De forma geral, as cenas do filme transitam entre o cotidiano do acampamento da Fazenda Annoni e entrevistas com os sem-terra; com o proprietário da Fazenda Annoni e ministros, deputados, padres, intelectuais e artistas. Além disso, mostra cenas televisivas, passeatas, a notoriedade midiática e a solidariedade por parte da população.
Neste âmbito, consideramos que o documentário apresenta um importante diálogo entre as opiniões divergentes do movimento dos acampados na fazenda, colocando em cena os discursos de autoridades e do dono da fazenda. Ao contrapor estas entrevistas, o filme direciona o nosso olhar de forma tendenciosa, na medida em que mostra os depoimentos dos sem-terra sempre de forma engajada enquanto as cenas mostradas do fazendeiro são inexpressivas e demostram sensação de insegurança (como se o fazendeiro não tivesse argumentos ou estivesse nervoso).  Assim, o documentário confere legitimidade ao discurso dos sem-terra através das estratégias de edição e montagem.

Considerações finais:
 Sabendo das “manipulações” elaboradas pelos filmes para transmitir mensagens, concluímos, de acordo com o filme Terra para Rose, que a “personagem” Rose, enquanto protagonista, supre um papel simbólico e ativo no filme. Rose foi destacada no decorrer do documentário como uma mulher ativa, forte, alegre e disposta a conseguir o seu pequeno-amplo objetivo, ainda que não tenha visto seu sonho se concretizar.
Enquanto mulher, símbolo de fertilidade em si, a figura de Rose apresenta-se, enquanto personagem, como uma alternativa fílmica de registrar, de forma sensível e delicada, um problema caro ao país, a reforma agrária. Por fim, não nos resta dúvida de que a imagem de Rose, enquanto símbolo foi “imortalizada” como registro e memória de um indivíduo, dentre tantos outros, que persistiu até a morte para concretizar o sonho de viver de forma digna, com acesso a bens públicos.

 Referências Bibliográficas

FERRO, Marc. O filme. Uma contra análise da sociedade. In: LE GOFF. J. e NORA, P.
História: novos objetos. Trad. T. Marinho. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
BENEVIDES, Maria. “Cidadania e Direitos Humanos”. São Paulo: Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, 2015.

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