Resumo:
O presente artigo
tem por objetivo propor uma analise do polêmico filme Terra para rose dirigido
por Tetê Moraes. Procuramos nos atentar aos diversos meandros da fonte fílmica
(direção, roteiro, elementos técnicos, personagens principais e etc.) em busca
de conexões com aspectos relativos às discussões feitas em sala de aula e
levando em conta a linguagem cinematográfica. Para isso, esboçaremos uma
análise histórica e cinematográfica do filme Terra para Rose, atentando para a
conjuntura de sua produção e a construção de sua narrativa focada na figura de
uma mulher: Rose.
Palavras-chave: Cinema e História, cidadania, direitos e
desigualdades.
Figura 1: Rose com seu filho que nasceu no acampamento
O filme:
curiosidades, elementos fílmicos e premiações
O documentário Terra para Rose foi dirigido pela cineasta
Tetê Moraes. No que diz respeito à parte técnica, roteiro e texto, tem a
assinatura de José Joffily e Tetê Moraes e a fotografia foi feita por Walter
Carvalho e Fernando Duarte. A película é um longa-metragem com duração de 84
minutos e é pertencente ao gênero documentário. Sua filmagem foi iniciada e
terminada no ano de 1987 (em apenas seis meses). Trata-se de um filme que
contou com pouquíssimo apoio financeiro.
Além dessas
informações iniciais, é importante apontar que o filme ganhou doze prêmios em
festivais de cinema nacionais e internacionais (destaque para os seis prêmios
no Festival de Brasília e dois no Festival de Havana) e que dez anos mais
tarde, em 1996, Tetê Moraes voltou à região para fazer O Sonho de Rose. No
entanto, não foi um filme “acolhido” pelo grande circuito cinematográfico da
época, estando restrito a espaços culturais mais alternativos e a um público
específico — os interessados em problemáticas sociais da época.
Partindo de uma
história verídica de Rose, uma agricultora sem-terra, a proposta do
documentário é retratar o caso específico da ocupação por 1.500 famílias de
sem-terras da fazenda Annoni, localizada no estado do Rio Grande do Sul. Neste
contexto, é enfatizado o início de atuação de um dos mais importantes
movimentos sociais do Brasil ainda hoje, o Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST).
Nesse cenário, a
diretora tenta entrecruzar uma discussão macro (nacional) associada a uma
discussão cotidiana dos indivíduos que participaram de uma ocupação específica
(a da Fazenda Annoni). Tal abordagem de costurar a uma problemática ampla a
tramas aparentemente banais que envolvem pessoas comuns foi muito utilizada
neste período de abertura política e tem como intuito dar valor ao ponto de
vista e às experiências da vida cotidiana de personagens comuns dando
importância aos seus discursos para construção de um registro histórico mais
amplo.
Podemos também
refletir sobre o sentido político da escolha da diretora ao escolher sua
protagonista. Tetê Moraes tinha um projeto de filmar o cotidiano de mulheres
brasileiras. Isto nos demonstra que a diretora se inquietava com as questões de
gênero e atribuímos a esta inquietação o fato de ter optado por uma ênfase no
cotidiano feminino e pela escolha para uma mulher “protagonizar” o filme.
A escolha de Rose para “protagonizar” o filme representa
um aspecto simbólico, uma vez que Rose deu à luz em 1985 à primeira criança
nascida no acampamento da fazenda Annoni, Marcos Tiaraju, criança retratada em
diversos momentos do filme como um símbolo de vida e de esperança. Além disso,
de acordo com o olhar da diretora, Rose, além de ser uma mulher, participativa
efetivamente no movimento e nos protestos.
A luta social do
MST pela reforma agrária no documentário O Sonho de Rose
Seguiremos os conselhos de Marc Ferro ao nos incentivar a
“Partir da Imagem”, mas não deixar de fazer uso de outros saberes, sempre que
necessário, para enriquecer e aprofundar o estudo minucioso do filme. Além
disso, para realizar de forma lúdica esta análise, dividiremos a observação em
sub tópicos (os quais sintetizam o tema histórico a ser abordado em cada fase),
correspondentes à própria “organização” do filme, marcados pelas seguintes
separações: A promessa; A pressão; A espera; O confronto; O Sonho; A Trégua.
Logo, faremos a análise buscando levantar as principais problemáticas abordadas
em cada um dos “quadros narrativos”.
Logo no início, mostra-se
a imagem de uma população rural pobre, que se manifesta com um pedido de paz –
o aglomerado de pessoas inclui Rose, que leva nome ao título da obra. Em
contraste, a narração seguinte, acerca da concentração agrária e suas disputas
sociais, é feita simultânea à filmagem do Congresso, enfatizando o papel
simbólico exercido pelas instituições políticas como palco de disputas pela
questão agrária. São
citados números que descrevem a sanguinária batalha camponesa por terra e o
intenso êxodo rural em um país onde o latifúndio improdutivo permeia as
paisagens.
No subtítulo "A
promessa", a imagem de discursos de presidentes como José Sarney (1985 -
1990) e João Goulart (1961 - 1964) corrobora uma promessa historicamente não
cumprida acerca da execução de uma reforma agrária. A narrativa de um projeto
de governo no sentido de tornar o país socialmente mais justo, como ocorreu sob
a gestão de João Goulart, é acompanhada por uma filmagem descritiva da situação
da população brasileira. A narrativa otimista sobre este período é interrompida
por uma descrição obscura sobre o golpe militar em 1964 - episódio que
interrompeu todo o sentido progressista do mandato de “Jango”, inclusive o
projeto de reforma agrária.
Fazendo uma análise histórica
sobre essa questão, José Murilo de Carvalho em “Cidadania no Brasil” afirma que
“a conquista (do território brasileiro pelos portugueses) teve conotação
comercial. A colonização foi um empreendimento do governo colonial aliado a
particulares. A atividade que melhor se prestou à finalidade lucrativa foi a
produção de açúcar (mercadoria com crescente mercado na Europa). Partindo dessa
premissa, podemos levar em consideração que a posse de grandes latifúndios por
grandes proprietários de terra que investem em monoculturas para um volume alto
de comercialização externa, se faz tão presente nos dias atuais no Brasil por
uma lógica que teve início desde a sua colonização.
Com isso, essas instituições
econômicas exclusivas (latifúndio monocultor concentrado na mão de poucos)
deixaram os trabalhadores do campo submetidos ao arbítrio dos proprietários sem
gozo dos direitos civis, políticos e sociais. Nesse contexto, eles são
obrigados a se emerger da obscuridade e se organizar em movimentos sociais e
sindicatos rurais acoplados a um movimento nacional de esquerda.
Em "A pressão", o foco do filme torna-se
o estado do Rio Grande do Sul - o subtítulo é introduzido pelo enfoque gradual
da filmagem sobre o RS em um mapa político do Brasil. A filmagem de uma das
fazendas simbólicas da luta pela terra, fazenda Annoni, acompanha a narrativa
de sua história - um latifúndio improdutivo desapropriado pelo Governo em 1972
com o intuito de reassentar famílias de agricultores sem-terra sobre o local. A
fazenda foi desapropriada, porém, devido à pressão jurídica de proprietários
rurais, permaneceu vazia - nas imagens, um local imenso e inabitado e a
ausência de vida ou movimento ilustram este resultado.
Em 1985, o local foi apropriado por famílias de
pequenos proprietários. A luta passa a ser representada pelo filme através da
sucessão de duas entrevistas, uma interrompida pela outra. De um lado, o
reacionarismo do proprietário Bolívar Annoni ao ser perguntado sobre a
apropriação de suas terras; do outro, a fala de Rose relata as difíceis
condições de vida dos pequenos proprietários rurais engrandece a "causa"
da luta e da ocupação do latifúndio improdutivo.
Este “jogo de cena” é interessante para observarmos
claramente como podemos aplicar um dos métodos propostos por Marc Ferro, isto
é, realizar uma análise crítica da fonte do cinema. Nesse momento do filme, não
nos resta dúvida de que contrapõe um discurso de hesitação e inércia social a
um discurso de afirmação e convicção — o que foi construído na montagem, com o
intuito de dar legitimidade ao discurso dos sem-terra e a dimensão da luta que
era cravada no campo naquele momento, e de suas motivações políticas e sociais.
A pressão não era exercida
apenas juridicamente pelos latifundiários, mas também através de manifestações
por parte dos pequenos agricultores sem-terra. Desse modo, o filme coloca foco
em pessoas comuns que participaram do movimento para dar caráter
"pessoal" e enfatizar as causas do movimento. Nesse sentido, a ânsia
da população por uma reforma agrária prometida politicamente é representada
pelo discurso de Rose, que é seguido pela fala de Dante Oliveira sobre a
dificuldade em cumprir a meta colocada pelo projeto de Governo.
Em “A espera”, o filme narra
a união de deputados gaúchos aos manifestantes em uma tentativa de marcar
audiências em Brasília para tratar o problema. Já nas cenas das reuniões são enfatizadas pelo
documentário as diferenças estereotípicas entre os distintos segmentos sociais:
close no vestuário e calçados dos sem terra (roupas simples, velhas e sandálias
de dedo) e dos políticos (paletós e sapatos).
Os manifestantes acampam na
Assembleia Legislativa a espera de resultados. A fala de Dante Oliveira, na
representação do processo político democrático que inclui a luta pela terra,
explica as complexidades envolvidas em desapropriar latifúndios por parte do
Governo – esse discurso jurídico em nome da democracia se contrasta com a
urgência prática da miséria vivida pelas famílias de agricultores sem-terra,
uma verdadeira contradição dentro da democracia brasileira. Paralelo a este, se
mostra a fala de Bolívar Annoni, marcada pela incoerência da defesa de suas
ideias – isto revela a própria incoerência da alta concentração fundiária
brasileira.
“O confronto” consiste em imagens que descrevem
o fim do período de espera sem resultados - os manifestantes retornam às poucas
terras desapropriadas pelo Governo com o objetivo de cultivar. O cultivo foi,
por inúmeras vezes, barrado pelas forças do Estado por ser considerado ilegal.
Trava-se um conflito violento e opressor por parte Estado – as imagens do filme
corroboram a guerra instituída.
Dessa forma, o filme traz à
tona um debate importante acerca da luta contra a criminalização dos movimentos
sociais, e mais especificamente, da luta pela terra. Traçando uma linha
estreita entre Direitos Humanos e direito a terra, pode-se dizer que o filme
explicita a má vontade por parte do Estado em ver o campesinato como cidadãos
dignos, e mais que isso, a desumanização. Isso fica evidente nas cenas em que
ocorrem violências e agressões por parte de Policiais Militares, que seguem
ordem do Estado, em prol de manter o meio de dominação dos grandes
latifundiários.
Constantemente se coloca sem
terras como criminosos, quando decidem ocupar fazendas improdutivas e muitas
vezes esquecidas pelos donos, ignorando propositalmente a Função Social da
Propriedade. Maria Benevides explica essa questão mais a finco. Para ela essa
ação do Estado é voluntária, ou seja, há interesses poderosos por trás dessa
associação deturpadora.
No mesmo texto, “Cidadania e
Direitos Humanos”, Benevides ainda é assertiva na questão das falsas
associações: “As classes populares são geralmente vistas como “classes
perigosas”. São ameaçadoras pela feiura da miséria, são ameaçadoras pelo grande
número, pelo medo atávico das “massas”. Assim, de certa maneira, parece
necessário às classes dominantes criminalizar as classes populares associando-as
ao banditismo, à violência e à criminalidade.
Por
fim, o subtítulo “O sonho” revela o depoimento de famílias que presenciaram um desfecho
inicial da luta que, para apenas dez das seiscentas famílias que protestaram,
resultou em assentamentos e uma porção de terra para cultivo. Mais tarde, o
Estado repassa a fazenda Annoni ao Incra e indeniza o proprietário. Os
ocupantes da fazenda conseguem, finalmente, cultivar. Ainda assim, grande parte
da população rural permanece sem sua porção de terra.
Em
1986, a formulação de uma nova constituição nacional guardava esperanças
políticas de uma nova interpretação acerca do direito sobre a terra. Desta vez,
depoimentos de políticos acerca da reforma agrária são mostrados de forma otimista,
alheia à guerra que até então ocorria. Estas imagens contrastam com a narrativa
pessimista que encerra o filme, que revela, na verdade, um desfecho
inexistente. A espera por uma porção de terra para cultivar parece permanente
para grande parte daqueles que lutaram e permanecem lutando. O fim trágico de
Rose e outros companheiros de luta encerram a descrição da sanguinária e
desproporcional guerra travada entre o Estado, proprietários e a população
rural e pobre.
Figura 2: Testemunho da ação da
polícia
Cenário:
Por ser um documentário, Terra para Rose
explora ambientes reais e circunstâncias documentadas em vídeo. A narrativa
aborda duas regiões do Brasil: Brasília e Rio Grande do Sul, ambas na década de
80, no período de retorno à democracia.
Em Brasília, o Palácio da Alvorada é
evidenciado repetidas vezes na intenção de explorar a ideia de burocracia que o
local representa e de ambiente onde pautas nacionais importantes, como a da
reforma agrária, são discutidas. Há a intenção do diretor de enfatizar que as
decisões que impactariam a vida de milhares que lutam por reformas no campo são
tomadas na cidade, por pessoas que não são as protagonistas da luta, mas que
possuem altos cargos (ministro, por exemplo) e, assim, a legitimidade para
tomar decisões.
No Rio Grande do Sul, três cenários são
abordados: a fazenda Annoni, a casa do latifundiário Carlos Annoni e o trajeto
de 500 km percorridos por centenas de sem-terra da fazenda até Porto Alegre. A
fazenda Annoni é o “principal” cenário do filme, pois foi ocupada por mais de
1500 famílias e onde foi montado o acampamento dos sem-terra.
Vários elementos que representam o
campesinato e a vida sem luxo são destacados, como centenas de barracos de
madeira e lona preta, onde os sem-terra “moravam”; fogão de lenha; animais,
como gado e galinhas; lavadeiras no rio e crianças brincando. Em contraponto, a
casa do latifundiário e proprietário da fazenda ocupada representa o conforto e
luxo, um ambiente bem iluminado, com um sofá confortável onde o Carlos Annoni
concede a entrevista.
Iluminação:
O documentário apresenta um contraste
evidente de iluminação. Quando a cena envolve o proprietário da fazenda ou um
ambiente político e formal, há muita luz, pois isso dá um caráter mais luxuoso.
Ao retratar os camponeses sem-terra, há uma diminuição considerável de luz,
para criar um clima mais pesado e de sofrimento.
Figura 3: Integrantes do acampamento
no dia-a-dia
Som:
Para trazer uma sensação de comoção e
solidariedade à questão por parte do telespectador, a trilha sonora do filme é
marcada por músicas instrumentais, muitas vezes apenas acordes de viola e
violão, que remete à moda de viola trazendo também uma proximidade com a
realidade daqueles camponeses retratados durante toda a narrativa.
Em
momentos em que se retratam as marchas e manifestações dos camponeses sem
terra, músicas que remetem ao triunfalismo e a noção de solidariedade são
escolhidas, já em momentos em que são retratadas as questões burocráticas que
envolviam a ineficiência das políticas em prol da reforma agrária, sons que
remetem ao nacionalismo se destacam.
Outro aspecto sonoro marcante, é que se opta
por deixar as músicas e cânticos que os próprios camponeses cantavam, trazendo
uma proximidade do espectador com a causa. Neste sentido, a escolha da
sonoplastia está em harmonia com o objetivo do filme de reforçar a noção de
solidariedade presente entre os membros do MST (movimento dos sem-terra).
Constantemente também nos deparamos com
músicas de cunho religioso, e isso acontece pela influência que a Igreja
Católica, por meio da Teologia da Libertação, teve no que diz respeito à luta
por direitos humanos desde o enfrentamento contra a ditadura. Além de
evidenciar essa parceria, mostra o quanto os trabalhadores rurais se apegam
emocionalmente a uma imagem divina de justiça, que colocaria fim aquele
sofrimento, e dessa forma tornando a luta menos pesada para eles.
Cortes
de cenas e câmeras:
Os cortes de cena não são rápidos, mas
naturais, mais uma vez pra que o espectador se sinta inserido naquela
realidade. Os cortes mais rápidos se dão quando há contraste de ideias, por
exemplo, quando o documentário vai e volta entre a fala de rose e a fala do
proprietário da Annoni, justamente pra causar essa sensação de tensão existente
entre os latifundiários e os camponeses.
No mais, quando se trata da retratação dos
trabalhadores rurais e suas rotinas, há câmeras expandidas, pra que se possa
visualizar todo o acampamento, focalizando vez ou outra em atividades mais
marcantes, como a interatividade das crianças no entorno do trabalho do campo. Já
quando são mostrados relatos das trabalhadoras a câmera se foca, em boa parte,
no rosto das mesmas, mais uma vez aproximando o público da luta delas.
Enredo:
De forma geral, as cenas do filme transitam
entre o cotidiano do acampamento da Fazenda Annoni e entrevistas com os
sem-terra; com o proprietário da Fazenda Annoni e ministros, deputados, padres,
intelectuais e artistas. Além disso, mostra cenas televisivas, passeatas, a
notoriedade midiática e a solidariedade por parte da população.
Neste
âmbito, consideramos que o documentário apresenta um importante diálogo entre
as opiniões divergentes do movimento dos acampados na fazenda, colocando em
cena os discursos de autoridades e do dono da fazenda. Ao contrapor estas
entrevistas, o filme direciona o nosso olhar de forma tendenciosa, na medida em
que mostra os depoimentos dos sem-terra sempre de forma engajada enquanto as
cenas mostradas do fazendeiro são inexpressivas e demostram sensação de
insegurança (como se o fazendeiro não tivesse argumentos ou estivesse nervoso). Assim, o documentário confere legitimidade ao
discurso dos sem-terra através das estratégias de edição e montagem.
Considerações finais:
Sabendo das
“manipulações” elaboradas pelos filmes para transmitir mensagens, concluímos, de
acordo com o filme Terra para Rose, que a “personagem” Rose, enquanto
protagonista, supre um papel simbólico e ativo no filme. Rose foi destacada no
decorrer do documentário como uma mulher ativa, forte, alegre e disposta a
conseguir o seu pequeno-amplo objetivo, ainda que não tenha visto seu sonho se
concretizar.
Enquanto
mulher, símbolo de fertilidade em si, a figura de Rose apresenta-se, enquanto
personagem, como uma alternativa fílmica de registrar, de forma sensível e
delicada, um problema caro ao país, a reforma agrária. Por fim, não nos resta
dúvida de que a imagem de Rose, enquanto símbolo foi “imortalizada” como
registro e memória de um indivíduo, dentre tantos outros, que persistiu até a
morte para concretizar o sonho de viver de forma digna, com acesso a bens
públicos.
Referências Bibliográficas
FERRO, Marc. O filme. Uma contra análise da sociedade. In: LE GOFF. J. e NORA, P.
História: novos objetos. Trad. T. Marinho.
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no
Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio
de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
BENEVIDES, Maria. “Cidadania
e Direitos Humanos”. São Paulo: Instituto de Estudos Avançados da
Universidade de São Paulo, 2015.
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