Gabarito do exercício de Análise Fílmica
Elabore uma breve análise fílmica de Quanto vale ou é por quilo (Brasil: dir.
Sergio Bianchi, 2005) levando em consideração os seguintes elementos discutidos
em sala de aula:
1) zona não visível (Segundo Marc Ferro), 3.0
2) leitura histórica do filme e leitura cinematográfica da história, 3.0
3) iluminação, som, cenário, tomadas e cortes de câmera e ritmo. 4.0
1) zona não visível (Segundo Marc Ferro), 3.0
2) leitura histórica do filme e leitura cinematográfica da história, 3.0
3) iluminação, som, cenário, tomadas e cortes de câmera e ritmo. 4.0
Zona não visível – O aluno deve verificar que
elementos do filme retratam discussões da época em que foi realizado. O que
aconteceu no início do século XXI que favorece uma produção como essa. Por ex,
o fortalecimento de movimentos civis de empoderamento dos negros por meio de
diversas políticas públicas, como as referentes às memórias dos quilombolas.
Ex. grupo Morena
“De acordo com a análise de Marc Ferro, os filmes são frutos do momento histórico em que são produzidos e dialogam com o mundo que o rodeia, com ou sem a intencionalidade do diretor. Tem-se na zona do não visível os “lapsos” que denunciam a visão de mundo do autor, o público a quem a obra é direcionada, o momento histórico em que foi filmado e o regime de governo da época em que o filme foi produzido.
Em “Quanto vale ou é por quilo?”, um dos lapsos que revelam o período em que a obra foi filmada é a cena que relata a história da ex-escrava alforriada, Joana. A cena acontece em 1799, e para expressar a 'ascensão social' de escrava para dona de escrava, ela junta seus escravos e orgulhosa tira uma fotografia. Não foi considerado ao escrever a cena que a fotografia só chegou ao Brasil em meados de 1830. O momento político vivido em 2005 tem muita influência no debate trazido pelo filme, uma vez que, após os anos de ditadura, foi no governo de 2002 que os movimentos sociais tiveram mais autonomia e liberdade para discutir e reivindicar suas pautas específicas com a população.”
Leitura histórica do filme (premiações, quem foi
o diretor, quem foi a equipe, curiosidades)
Leitura cinematográfica da história (Como a
história, no caso o período da escravidão (I) e início do século XXI (2) foi
contada. Aqui cabe falar que foi contada comparativamente com cenas do passado
e do presente alternadas para marcar a permanência das relações de poder/
humanas. Uso de citação de documentos para atestar uma certa “veracidade” dos
fatos passados.
Iluminação, som, cenário, tomadas e cortes de
câmera e ritmo.
Iluminação – claro, escuro,
natural, artificial,noite, dia (análise sobre isso). Ex. quando de noite há a
expulsão de um outro caminhão de Ong do território da Ong retratada – análise,
mostra a escuridão, nebulosidade nas relações dessas Ongs interesseiras.
Som – músicas e sons (ex. sons do
batuque, objetivo, retratar o Brasil colonial)
Cenário – Ruas de terra batida,
matagal (Brasil colonial), cidade, favela, urbanidade.
Tomadas e cortes de câmera –
close, meio plano americano (da cintura para cima), travelling, geral. Cortes:
abruptos, por ex, quando há o assassinato dos menores. Objetivo: mostrar o
rompimento na vida.
Ex. tomadas de câmera citada pelo
grupo Scarlett: Esteticamente, os atores aparecem posicionados, no “fim” de
suas pequenas histórias, exatamente da maneira como em outra história já
relatada, tais enquadramentos contribuem para que o sentimento de continuidade
se propague pelo filme.
Ritmo – devagar, rápido (cenas
curtas ou cenas longas, o porque), cenas curtas (maioria) Obj. profusão de
pequenas histórias, alternância passado-presente.
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